sábado, março 09, 2013
A sociedade de consumo : o desperdicio
Continuando com o tópico da sociedade consumista reflicto agora para o que é o processo productivo que alimenta a nossa necessidade de consumir de forma exacerbada.
Ora noutro dia estava na televisão a ver um programa sobre a fome em Espanha e como muitos dos desempregados e pessoas com dificuldades estão a utilizar o sistema para se manter. Sim porque é difícil viver na "so called" Sociedade Desenvolvida sem dinheiro.
Ora alguns factos que impressionam:
- industria/comercio do sector primário (ou seja bens produzidos em quintas, matadouros ou pescados) - desperdício diário de 35% do valor produzido. Estamos a falar não só de plantas e flores, mas de animais e peixes num clima de sobre exploração do planeta.
- industria retalhista (basicamente o veiculo de venda da industria transformadora) - desperdício diário de 28% do valor de stock diário. Aqui falamos não de producto transformado que não serve para consumidor, mas producto que foi produzido no dia e não vendido (por exemplo o pão e bolos) ou producto cuja data de caducidade acaba e não foi vendido. A grande maioria poderia ser reaproveitado para por exemplo instituições de caridade social mas terminam no lixo.
- restauração - aqui não existiam dados oficiais, mas pensemos em quantas vezes vamos ao restaurante e vemos que sobra comida para alimentar uma família nas doses que pedimos?
Está que há algo de errado nesta equação e temos de ganhar alguma consciência e não ostentar tanto...Não é necessário !!!!!
Mas ainda há algo mais a dizer, porque se deita fora? MAS BASEADO EM QUÊ? Não queremos tornar as empresas mais competitivas, leia eficientes? Que tal poupar 30% nos custos? E aproveitar todo o desperdicio? Porquê é que eu tenho de contribuir para a Segurança Social, Banco Alimentar, Cruz Vermelha, Unicef e por aí a fora e o que é bom alimenta os aterros sanitários?
Não é tempo de pensar nisso sabendo que na Europa existem já mais de 50 milhões de desempregados e nos países resgatados temos muitas famílias a passarem situações muito complicadas e de profunda decadência?
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Desevolução cultural!
Vivemos numa sociedade de consumo, até aqui não há novidades. Existe um estimulo para o consumo e vivemos num paradigma de consumir mais e mais rápido! Parece que descobrimos que consumir é bom e que nos traz alguma satisfação e felicidade. E isto é especialmente verdade com a cultura!
Deixamos de ir ao cinema porque além de caro é uma seca, estar duas horas sentados a ver um filme sem poder fazer nada mais. Ir aos museus por exemplo parece uma actividade da pré-história, e exceptuando casos muito contados qual foi a última vez que visitamos um museu ou uma galeria de arte?
Nos jovens este consumo de entretenimento de forma descontrolada e fácil é ainda mais notório. Não se jogam os videojogos até ao fim, é preciso é ter muitos, os filmes vêem-se de seguida (não como um evento mas sim um entretém) e até a música é de consumo rápido e fácil. Tudo tem pouco valor e um interesse limitado, e dão asas a negócios de 2ª mão que têm uma grande notoriedade e expansão.
Acho que vivemos num sem limites de satisfação e queremos fazer e experimentar tudo ao mesmo tempo. Mas BASEADO EM QUÊ? Nao será o nosso papel conseguir comunicar que as experiências têm tudo a ganhar por vive-las e recordar-las e que preciso aprender a desfrutar sem a necessidade de ter uma espiral de consumo?
Teatro, baile, um musical, ópera, etc são actividades para os eruditos e só se aprende a desfrutar delas a partir dos 30. Antes até é uma vergonha assistir a um destes espectáculos fora de moda. Realmente a única actividade que tem crescido entre os mais jovens são os concertos e sobretudo os festivais. Outra questão é...crescem pela actividade cultural que representam ou pela liberdade que nos dão?
Deixamos de ir ao cinema porque além de caro é uma seca, estar duas horas sentados a ver um filme sem poder fazer nada mais. Ir aos museus por exemplo parece uma actividade da pré-história, e exceptuando casos muito contados qual foi a última vez que visitamos um museu ou uma galeria de arte?
Nos jovens este consumo de entretenimento de forma descontrolada e fácil é ainda mais notório. Não se jogam os videojogos até ao fim, é preciso é ter muitos, os filmes vêem-se de seguida (não como um evento mas sim um entretém) e até a música é de consumo rápido e fácil. Tudo tem pouco valor e um interesse limitado, e dão asas a negócios de 2ª mão que têm uma grande notoriedade e expansão.
Acho que vivemos num sem limites de satisfação e queremos fazer e experimentar tudo ao mesmo tempo. Mas BASEADO EM QUÊ? Nao será o nosso papel conseguir comunicar que as experiências têm tudo a ganhar por vive-las e recordar-las e que preciso aprender a desfrutar sem a necessidade de ter uma espiral de consumo?
Teatro, baile, um musical, ópera, etc são actividades para os eruditos e só se aprende a desfrutar delas a partir dos 30. Antes até é uma vergonha assistir a um destes espectáculos fora de moda. Realmente a única actividade que tem crescido entre os mais jovens são os concertos e sobretudo os festivais. Outra questão é...crescem pela actividade cultural que representam ou pela liberdade que nos dão?
domingo, novembro 11, 2012
A correr mas devagar...
Nas grandes cidades há uma constante sensação de pressa. Temos pressa para tudo, ir para o trabalho, ir para casa, despachar as compras da semana, etc. Muitas vezes até para o lazer temos pressa, vamos só a uma das aulas do ginásio, corremos na rua só uma volta e até bebemos só um copo!
Parece-nos que a nossa vida citadina está muito preenchida e temos a ilusão de poder fazer muitas coisas a que damos valor (por exemplo quantas actividades culturais é que fazemos num ano? Eu falo por mim emitias vezes passam-se meses sem aproveitar essa disponibilidade), afinal estamos presos num circulo que nos faz perder qualidade de vida.
Afinal o que os cidadãos da cidade mais apreciam é o tempo livre para as suas actividades pessoais, porque perdem um grande tempo para conseguir viver na cidade.
Uma das grandes perdas de tempo é o transito e as deslocações. Perdemos uma imensidade de tempo para ir de um sítio ao outro e ainda por cima fazemo-lo muitas vezes parados no trânsito.
Recentemente fiz um teste, andei durante 10.000km a verificar a velocidade média das minhas deslocações na cidade e não passo dos 30km/hora em média. Ora vendo bem é pouco mais dique a velocidade a que fazemos jogging e seguramente muito perto da velocidade da bicicleta. O transporte público que deveria assegurarmos algo mais de rapidez está também preso num ciclo vicioso, já que ao termos paragens de 400 em 400 metros não ajuda à mobilidade.
Voltando então à velocidade de deslocação, o que aconteceria se todos andássemos dentro dos limites e nos deslocássemos a 40km hora, vai na volta até se produziriam menos acidentes, acumulação de trafego, etc... E aumentaríamos a verdadeira velocidade dentro da cidade com tudo o de positivo daí advém.
E andamos sempre a alta velocidade BASEADOS em quê? Porque continuamos a andar a 30km hora...
Parece-nos que a nossa vida citadina está muito preenchida e temos a ilusão de poder fazer muitas coisas a que damos valor (por exemplo quantas actividades culturais é que fazemos num ano? Eu falo por mim emitias vezes passam-se meses sem aproveitar essa disponibilidade), afinal estamos presos num circulo que nos faz perder qualidade de vida.
Afinal o que os cidadãos da cidade mais apreciam é o tempo livre para as suas actividades pessoais, porque perdem um grande tempo para conseguir viver na cidade.
Uma das grandes perdas de tempo é o transito e as deslocações. Perdemos uma imensidade de tempo para ir de um sítio ao outro e ainda por cima fazemo-lo muitas vezes parados no trânsito.
Recentemente fiz um teste, andei durante 10.000km a verificar a velocidade média das minhas deslocações na cidade e não passo dos 30km/hora em média. Ora vendo bem é pouco mais dique a velocidade a que fazemos jogging e seguramente muito perto da velocidade da bicicleta. O transporte público que deveria assegurarmos algo mais de rapidez está também preso num ciclo vicioso, já que ao termos paragens de 400 em 400 metros não ajuda à mobilidade.
Voltando então à velocidade de deslocação, o que aconteceria se todos andássemos dentro dos limites e nos deslocássemos a 40km hora, vai na volta até se produziriam menos acidentes, acumulação de trafego, etc... E aumentaríamos a verdadeira velocidade dentro da cidade com tudo o de positivo daí advém.
E andamos sempre a alta velocidade BASEADOS em quê? Porque continuamos a andar a 30km hora...
sábado, outubro 06, 2012
Educação em recessão
No outro dia anunciamos em Portugal que este ano teríamos 18.000 professores com o horário mínimo, falamos de professores que têm um horário escolar de 6 horas semanais...faz sentido?
Vamos então entrelaçar esta notícia com outra que veio a público umas semanas depois...as turmas nas escolas vão passar a ter uma média de 30 alunos para aligeirar os custos fixos. E tudo deixa de fazer sentido...deixamos de respeitar um dos princípios básicos da economia...maximizar o outcome com base nos custos fixos! Mas BASEADO em quê?? Porque é que não utilizamos os professores em horário mínimo para conseguir melhorar o ensino?
Afinal de contas o ensino um dos pilares básicos da sociedade moderna! Foi essa melhoria que nos permite desenvolver novos projectos, melhorar a nossa performance, aumentar as exportações ou até desenvolver novos recursos humanos que saiem do país e desenvolvem novas capacidade de liderança.
Não é a tarefa do governo zelar pelo futuro do país?
Será que também temos que respeitar a Troika na hipoteca do nosso futuro intelectual?
Vamos então entrelaçar esta notícia com outra que veio a público umas semanas depois...as turmas nas escolas vão passar a ter uma média de 30 alunos para aligeirar os custos fixos. E tudo deixa de fazer sentido...deixamos de respeitar um dos princípios básicos da economia...maximizar o outcome com base nos custos fixos! Mas BASEADO em quê?? Porque é que não utilizamos os professores em horário mínimo para conseguir melhorar o ensino?
Afinal de contas o ensino um dos pilares básicos da sociedade moderna! Foi essa melhoria que nos permite desenvolver novos projectos, melhorar a nossa performance, aumentar as exportações ou até desenvolver novos recursos humanos que saiem do país e desenvolvem novas capacidade de liderança.
Não é a tarefa do governo zelar pelo futuro do país?
Será que também temos que respeitar a Troika na hipoteca do nosso futuro intelectual?
terça-feira, junho 05, 2012
Bankia de surpresas....
O quarto maior banco de Espanha tem de ser nacionalizado! Aquilo que era até à alguns meses virtualmente impossível aconteceu...Espanha está em dificuldades e pode vir a ser resgatada.
Mas a culpa agora é da Bankia? Mas baseado em quê?
Não a culpa não é da Bankia mas de uma acumulação de erros que levaram a esta situação e que parecem ser apenas a ponta do icebergue. Em 2009 interveniu-se na CCM e apareçam os primeiros problemas das Cajas de Ahorro, que com a construção desenfreada em Espanha tinham assumido compromisso e investimentos milionários tornando-se empresas influentes e poderosas. Mas chegou o ano 2008 e os ditos investimentos não tinham comprador e a sua valorização era duvidosa. Começam-se a acumular dividas e necessidades de financiamento e de aprovisionamento e o Estado é chamado a acudir, até aqui nada que não fosse normal na época.
De repente alguém se lembra, não de corrigir a situação pela origem mas sim de a dissipar pelo volume. Juntando todas as Cajas com problemas com as que não "teriam" problemas poderíamos criar uma grande instituição financeira que poderia engolir o problema financeiro existente. Cria-se o Bankia que não é mais que a fusão de 9 bancos regionais entre eles a toda poderosa CajaMadrid.
A Bankia é uma instituição tão bonita que entra na bolsa e consegue atrair 350 mil novos investidores. Tudo isto num ambiente económico tão hostil como o que se vivia em 2011 o que fazia querer que o projecto seria um êxito e uma vitoria espectacular de uma estratégia diferente.
Pois até que chegou a 2012 e a Bankia não se consegue financiar para algo tão básico como dar o dinheiro aos seus depositantes. As necessidades de financiamento são tão grandes que o plano de austeridade do Governo não é capaz de gerar activo suficientes para o buraco.
Procuram-se agora culpados e parece ser que a sociedade espanhola não quer acreditar na não envolvência de partidos políticos, empresários, famílias ricas e importantes e até no próprio Banco de Espanha que aprovou as contas da Bankia e a sua colocação na bolsa. Desejam-se culpados e condenações e espera-se que esta situação não possa escapar com impunidade.
Agora a Europa desconfia da Espanha e de repente o povo Espanhol vê-se a braços com algo que não esperava...mais austeridade e um possível resgate. Toda a publicidade positiva dos últimos anos é posta em causa e a situação pode ser tão má como em Portugal, Irlanda e Grécia.
Esperam-se resoluções importantes nos próximos dias mas entretanto o euro desceu em 15 dias mais 10% face ao dólar...
Mas a culpa agora é da Bankia? Mas baseado em quê?
Não a culpa não é da Bankia mas de uma acumulação de erros que levaram a esta situação e que parecem ser apenas a ponta do icebergue. Em 2009 interveniu-se na CCM e apareçam os primeiros problemas das Cajas de Ahorro, que com a construção desenfreada em Espanha tinham assumido compromisso e investimentos milionários tornando-se empresas influentes e poderosas. Mas chegou o ano 2008 e os ditos investimentos não tinham comprador e a sua valorização era duvidosa. Começam-se a acumular dividas e necessidades de financiamento e de aprovisionamento e o Estado é chamado a acudir, até aqui nada que não fosse normal na época.
De repente alguém se lembra, não de corrigir a situação pela origem mas sim de a dissipar pelo volume. Juntando todas as Cajas com problemas com as que não "teriam" problemas poderíamos criar uma grande instituição financeira que poderia engolir o problema financeiro existente. Cria-se o Bankia que não é mais que a fusão de 9 bancos regionais entre eles a toda poderosa CajaMadrid.
A Bankia é uma instituição tão bonita que entra na bolsa e consegue atrair 350 mil novos investidores. Tudo isto num ambiente económico tão hostil como o que se vivia em 2011 o que fazia querer que o projecto seria um êxito e uma vitoria espectacular de uma estratégia diferente.
Pois até que chegou a 2012 e a Bankia não se consegue financiar para algo tão básico como dar o dinheiro aos seus depositantes. As necessidades de financiamento são tão grandes que o plano de austeridade do Governo não é capaz de gerar activo suficientes para o buraco.
Procuram-se agora culpados e parece ser que a sociedade espanhola não quer acreditar na não envolvência de partidos políticos, empresários, famílias ricas e importantes e até no próprio Banco de Espanha que aprovou as contas da Bankia e a sua colocação na bolsa. Desejam-se culpados e condenações e espera-se que esta situação não possa escapar com impunidade.
Agora a Europa desconfia da Espanha e de repente o povo Espanhol vê-se a braços com algo que não esperava...mais austeridade e um possível resgate. Toda a publicidade positiva dos últimos anos é posta em causa e a situação pode ser tão má como em Portugal, Irlanda e Grécia.
Esperam-se resoluções importantes nos próximos dias mas entretanto o euro desceu em 15 dias mais 10% face ao dólar...
terça-feira, maio 15, 2012
O Pingo Doce e a miopía
No dia 1 de Maio celebrou-se o dia do trabalhador. Neste dia trabalhadores e sindicatos manifestam-se e celebraram os direitos do trabalhador e aquilo que tão arduamente vem sido conquistado. Também é o momento em que normalmente o povo se manifesta contra os patrões e contra as ultimas decisões impopulares do Governo. Isto é assim todos os anos. Por outro lado é um dia de descanso em que muitas familías almoçam juntas, passeam nos parques e praias e passamos tempo uns com os outros.
Este ano além de tudo isso também foi dia de compras. A recente crise faz com que qualquer oportunidade seja boa para mostrar a nossa produtividade e portanto era possível comprar nos grandes hipermercados (não no comércio tradicional que perde mais uma oportunidade).
No meio de tudo isto houve uma campanha de marketing do Pingo Doce: quem comprasse mais de 100€ teria um desconto de 50% nas suas compras. A campanha foi publicitada nas lojas e a partir daí as redes sociais e o boca a boca fizeram o resto. Resultado: o maior caos jamais registado nas lojas, todos queríamos comprar no Pingo Doce!!!!
Os partidos de esquerda e os sindicatos pediram explicações ao Governo (alguém se esqueceu de dizer que a JM é uma empresa privada) falou-se em boicote, mensagem política, etc... Estão a haver investigações porque a autoridade da concorrência tem de falar e porque a Sonae não gostou que alguém desse um desconto alto sem ser em cartão?
No fim de isto tudo e da multitudinaria publicidade que ganhou o Pingo Doce transmitindo a todos que é o mais barato todos nos esquecemos da interpretação mais fácil...Estamos em CRISE e com a corda na garganta. O povo falou contra a austeridade, contra as manifestações, contra as lutas infrutíferas, contra a oposição de trazer por casa e contra a dinâmica global. Não não foi consumismo, foi apenas dizer que está em causa a sobrevivência.
MAS BASEADO EM QUÊ é que toda a gente é míope a analisar o que se passou?
Este ano além de tudo isso também foi dia de compras. A recente crise faz com que qualquer oportunidade seja boa para mostrar a nossa produtividade e portanto era possível comprar nos grandes hipermercados (não no comércio tradicional que perde mais uma oportunidade).
No meio de tudo isto houve uma campanha de marketing do Pingo Doce: quem comprasse mais de 100€ teria um desconto de 50% nas suas compras. A campanha foi publicitada nas lojas e a partir daí as redes sociais e o boca a boca fizeram o resto. Resultado: o maior caos jamais registado nas lojas, todos queríamos comprar no Pingo Doce!!!!
Os partidos de esquerda e os sindicatos pediram explicações ao Governo (alguém se esqueceu de dizer que a JM é uma empresa privada) falou-se em boicote, mensagem política, etc... Estão a haver investigações porque a autoridade da concorrência tem de falar e porque a Sonae não gostou que alguém desse um desconto alto sem ser em cartão?
No fim de isto tudo e da multitudinaria publicidade que ganhou o Pingo Doce transmitindo a todos que é o mais barato todos nos esquecemos da interpretação mais fácil...Estamos em CRISE e com a corda na garganta. O povo falou contra a austeridade, contra as manifestações, contra as lutas infrutíferas, contra a oposição de trazer por casa e contra a dinâmica global. Não não foi consumismo, foi apenas dizer que está em causa a sobrevivência.
MAS BASEADO EM QUÊ é que toda a gente é míope a analisar o que se passou?
sábado, março 31, 2012
As escolas e o roubo!
Acaba de anunciar o nosso Tribunal de Contas diversas irregularidades no processo de renovação do parque escolar. No total para além de um desvio de mais de 200% no orçamento inicial, algo que não se deveria poder aceitar temos também 500 milhões de euros em despesas ilegais. MAS BASEADO EM QUÊ? E como é que só se descobre cerca de 2 anos depois?
Ainda por cima sabe-se perfeitamente quem são os culpados e que tipo de despesas fizeram. Giro giro é que a multa prevista na lei está entre metade ou a totalidade do salário anual, ou seja, rouba-se 100 milhões de euros e paga-se como multa cerca de 100.000€??? Assim compensa de sobra e cria-se um chamariz para a actividade ilegal. O senhor agora pode ir para o Brasil viver dos rendimentos e desfrutar da vida, por cá um pouco mais de austeridade para pagar este devaneio.
Conhecendo esta classe o mais normal é que estes senhores sejam nomeados para outra qualquer função publica e volte a fazer o mesmo.
Ora na minha empresa se tenho um over-send de 1000€ numa gestão de 10.000.00€ sou chamado à Administração, tenho de justificar o gasto e gerar uma receita adicional para o cobrir. Além disso retiram-me os poderes e os financeiros passam a policiar todos os meus acordos para não haver desvios. E porque é que isto não se aplica no sector público? Porque é que existe uma impunidade?
Acho que deveríamos criar uma lista pública de maus gestores, que seria publicada na imprensa e estaria disponível na Ordem dos Economistas, pelo menos para se saber quem é que anda a roubar!!! Depois as multas deveriam ser repôr o dinheiro mal gasto e alguns anos de prisão. O desvio de 200% são o equivalente ao 13º e 14º da função pública!!!
Também que questiono o porquê da inexistência de auditorias e fiscalizações neste tipo de actividades. Desta forma até se criava algo de emprego para os milhares de jovens gestores que estão no desemprego ou em funções menores.
Enfim....
Ainda por cima sabe-se perfeitamente quem são os culpados e que tipo de despesas fizeram. Giro giro é que a multa prevista na lei está entre metade ou a totalidade do salário anual, ou seja, rouba-se 100 milhões de euros e paga-se como multa cerca de 100.000€??? Assim compensa de sobra e cria-se um chamariz para a actividade ilegal. O senhor agora pode ir para o Brasil viver dos rendimentos e desfrutar da vida, por cá um pouco mais de austeridade para pagar este devaneio.
Conhecendo esta classe o mais normal é que estes senhores sejam nomeados para outra qualquer função publica e volte a fazer o mesmo.
Ora na minha empresa se tenho um over-send de 1000€ numa gestão de 10.000.00€ sou chamado à Administração, tenho de justificar o gasto e gerar uma receita adicional para o cobrir. Além disso retiram-me os poderes e os financeiros passam a policiar todos os meus acordos para não haver desvios. E porque é que isto não se aplica no sector público? Porque é que existe uma impunidade?
Acho que deveríamos criar uma lista pública de maus gestores, que seria publicada na imprensa e estaria disponível na Ordem dos Economistas, pelo menos para se saber quem é que anda a roubar!!! Depois as multas deveriam ser repôr o dinheiro mal gasto e alguns anos de prisão. O desvio de 200% são o equivalente ao 13º e 14º da função pública!!!
Também que questiono o porquê da inexistência de auditorias e fiscalizações neste tipo de actividades. Desta forma até se criava algo de emprego para os milhares de jovens gestores que estão no desemprego ou em funções menores.
Enfim....
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